Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios,no ermo.
Em nenhum momento da história se precisou tanto de um avivamento bíblico e espiritual como em nossos dias. Deparamos com um tipo de religiosidade sincrética, cheia de mistura, enganos, mentiras, sem vida, amparada por grandes estruturas religiosas, canal de televisão, dinheiro, templos suntuosos, com aparência de ser evangélica, mas não tendo nada do verdadeiro evangelho de Cristo Jesus. Atrás desta corrente religiosa, multidões, muitos, sinceramente no desejo de buscar a verdade estão a andar e ao fim, só religiosidade, só o tilintar do vazio. A mensagem da riqueza, do ganho fácil, da prosperidade material nunca poderá se elevar ao monte do calvário e prevalecer diante da mensagem da cruz. O clamor dos corações pode ser ouvido nas esquinas, no ambiente de trabalho, nas escolas, nas casas e onde quer que for ele clama por resposta, por ser preenchido pelo verdadeiro amor e a verdadeira mensagem que o possa salvar deste vácuo, a ausência da presença de Deus. Quando não há a ausência, há a fragilidade da fé, da compreensão daquilo que é mais alto e poderoso e o medo, tudo porque ao redor, apesar das coisas serem tão reais, há tão pouca realidade, verdadeira realidade que possa realmente apontar pra Ele Jesus Cristo. O profeta Isaias viveu um momento da história de Israel em que haviam sombras....a nação havia perdido um bom rei, Uzias, a justiça era torcida, a iniquidade crescia, o pecado, a idolatria e os maus costumes e paganismo adentravam a nação. A luz de Isarel parecia se apagar como nação de Deus e o pavor da repentina destruição por povos inimigos maiores e mais poderosos crescia. Apesar da patente realidade, a realidade que o povo queria era a de que estava tudo bem, amortecidos, embriagados, narcotizados pelas mensagens de falsos profetas, de agoureiros, videntes, que o que mais faziam era dizer: vai tudo bem, quando ia tudo mal. Isaias e outros tantos sinceros sentiram o peso daquela era de sombras em Israel e oravam a Deus por uma restauração espiritual da nação. Deus respondeu: Eis que farei uma coisa nova, e, agora, sairá à luz; porventura, não a sabereis? Eis que porei um caminho no deserto e rios, no ermo (Isaias 43.19). Deus determinou que faria “uma coisa nova”. Não seria por mão humana, seria pelo seu poder e virtude. A palavra no original hebraico para “uma coisa nova” é hadacha. Hadacha significa: coisa fresca, jovem, tenra, renovo, reparo. Quando Deus usou a palavra hadacha, Ele pedia a Isaias que olhasse para a mulher em vias de dar a luz a uma criança, a dor intensa, os gritos, mas derrepente, o choro da criança, a vida e a alegria. Deus queria que Isaias olhasse para a terra seca e o agricultor cansado, o suor caindo-lhe pela testa e seus olhos ao longe, após ter semeado o chão, derrepente, ao longe vem uma briza úmida trazendo o cheiro da chuva, a chuva ainda não veio, mas ele sai correndo, alegre e gritando para todos, vai chover, vai chover e a chuva chega regando toda a terra seca, trazendo vida a semente. Deus queria que Isaias parasse diante do jardim e observasse os botões de flor, quando ainda são tenros e fechados, parecem tão sem vida, mas derrepente ele começa a abrir, e cada pétala expõe seu perfume e aroma que vão tomando conta de toda a natureza dizendo a todos, olha, estamos aqui com toda nossa beleza. Isaias compreendeu que Deus faria um hadacha, algo novo e tremendo que traria vida, frescor, juventude, alegria, reparo, cheiro de vida, levando caminhos aos desertos e rios aos lugares ermos. Isaias não só entende a mensagem de Deus, mas vê em uma visão profética o renovo de Deus: “Porque foi subindo como renovo...(Isaias 53:2)”. Jesus Cristo era o renovo de Deus, a vida, o frescor, o cheiro de chuva, o perfume das flores, a alegria sem par que Deus entregaria aos homens. Enquanto você viver a religiosidade humana desta era, ou o materialismo puro, ou simplesmente a distância de tudo o que diz respeito a Deus, seu coração continuará a clamar... No Salmo 51:10, Davi clama a Deus para que renove nele um coração puro e reto. Somente a presença perfeita de Cristo em nós, somente a vida perfeita de Cristo em nós, somente e simplesmente Jesus poderá nos dar o hadacha de Deus. É o local perfeito, o altar perfeito, a Pessoa perfeita onde nada e ninguém pode me tirar da presença... Jesus, Jesus somente, Jesus me provendo salvação, santificação, cura divina, certeza de sua volta. O meu hadacha perfeito, que me traz esperança, verdadeira fé e expectativa para viver, alegria e disposição, a cada dia e pra sempre, amém.